Entre visuais ousados e recordações

Mais um fim de semana, mais uma fuga da realidade, menos horas dormidas mas verdadeiramente satisfeito!

Tudo começou no sábado. A gente tinha combinado de encontrar com o Sal no seu estúdio na Barra por volta das 10h da manhã. O problema é que o Sal atrasa mais do que menstruação de menina que andou brincando de médico, o que significa que ele só apareceu por lá quase 11h. E apareceu com um visú escrotasso!! Hahaha! Um boné branco, vermelho e com estrelinhas douradas (me lembrou a época do New Kids on the Block), debaixo dele uma bandana da cerveja Sol (chicleteiros, invejem) e uma calça meio vermelha, meio salmão, meio tijolo, meio bicha velha. Ele só podia tá de sacanagem. E tava, de fato, exceto pela calça.

Pé na estrada, bichanos. A velha rota rumo a São Paulo. Num certo momento rolou uma discussão sobre música. Música + dinheiro sempre gera polêmica. Música é uma arte? Ou é um conjunto de condições, perdas e ganhos, visual, oportunidades, etc? A cena antigamente era melhor do que a de hoje? Enfim, a gente deve ter passado uma meia-hora divagando sobre o assunto. É claro que não chegamos a lugar algum. Quer dizer, chegamos ao Graal, onde pude adquirir dois potes da maravilhosa paçoca Maribel. MERMÃO, o que eles botam nessa paçoca? Dizem que o Fábio Assunção largou a novela porque viciou na paçoquinha Maribel, mas eu acho que o lance dele é coca mesmo. Ninguém come paçoca dando narigada.

Chegamos em São Paulo, largamos o Dedé perto da casa do Fernando e partimos para o show do New Found Glory (eu, Sal e Hugo). Vale lembrar que demos uma rápida passada num Habib's e encontramos uma bicha velha com uma calça igual a do Sal. Eu sabia que eu não estava enganado! Tá, vamos esquecer um pouco o visual ousado do nosso querido Saldanha. Chegamos ao Palestra Itália e vimos milhões de bonés, bandanas, maquiagens, munhequeiras, franjas e gente. Deviam ser umas 18:30. O tempo foi se arrastando até a hora do show principal. Eu já fui um fã alucinado de New Found Glory. Escrevi sobre isso outro dia no fotolog do Dandara (caso queiram ler, http://www.fotolog.com/dandaraonline/42892590 ). Achei o show incrível. Voltei aos meus 15 anos de idade. Certas admirações não somem, e tive essa certeza durante todo o momento em que berrei as letras que estavam soterradas em algum lugar da minha memória.

Isso aí, fim de show, hora de comer no Black Dog e torcer pra não ter aquela vontade de cagar instantânea. Dessa vez deu tudo certo. O pessoal se dispersou. Mateus foi pro hotel (com "agá" mesmo) com sua namorada. Hugo e Sal foram encher a cara no Inferno. Eu fui pra casa do Fernandão encontrar com ele e com o Dedé. Precisava de um banho urgentemente. Cara, minha camisa tava com uns 34 odores diferentes, e quase todos eles eram fedidos. É só lembrar da galera no show do NFG. Cada hora que um mané levantava um braço pra gritar qualquer coisa, o sovaco dava aquela raspada bacana no meu ombro. Eu também sovaquei um montão de gente, mas eu tinha acabado de passar um desodorante e só contribuí pra higiene deles. Me fudi.

Domingão, todo mundo de pé antes do meio-dia (menos o Sal e o Hugo que foram dormir lá pelas 6 da matina). Fui almoçar com o Fernando, o Dedé e a Tati (namorada do Fê). Depois disso ainda deu tempo da galera jogar um Mario Kart de Wii, tomar uma cerveja e descansar mais um pouco antes de correr pro Hangar.

O show no Hangar foi bem legal. Minutos antes da gente subir no palco, relembrei algumas músicas na guitarra, já que eu exerceria, além da função habitual, a posição de guitarrista. Acho que acabei acertando mais do que errando... não sei, hehehe! A verdade é que foi uma experiência nova pra mim, fazer um show do CineDisco também como guitarrista. Foi assim comigo desde os meus 13 anos. Sinto falta...

Terminado o show, eu e Dedé partimos para a rodoviária onde compramos passagens num ônibus-leito (primeira vez que curti esse trem). Dormi feito um neném enquanto ouvia um disco do Dizzy Gillespie. Acordei no Rio, às 7:30 da manhã, fui pra casa, tomei um banho e enrolei até umas 9:30, quando vim pro trabalho.

É isso. Muito obrigado a todos que participaram deste fim de semana, que foram ao show e tal. Obrigado aos meus amigos de banda por me aturarem reclamando de 5 em 5 minutos. É bom que assim vocês não me esquecem nunca, hahaha!

Tchau. Fui cuidar da minha vida.